Fóssil de aproximadamente 120 milhões de anos e 20
centímetros de comprimento foi encontrado na Formação Crato, localizada na
bacia do Araripe, no Ceará. Essa seria uma das mais antigas serpentes já
encontradas, sugerindo que o grupo evoluiu a partir de ancestrais terrestres e
não marinhos. Pelo tamanho e formato das patas, elas provavelmente não eram
usadas para locomoção, mas para agarrar presas e até para apertar o par durante
o acasalamento. O fóssil está em um museu alemão
e acredita-se que é proveniente do nordeste Brasileiro. Ninguém sabe como ele
foi parar na Europa, já que é ilegal exportar fósseis desde 1942. Ao analisar tanto as
características genéticas quanto morfológicas da nova espécie em comparação com
outras espécies de serpentes conhecidas, os pesquisadores deram pesos
diferentes para cada fator em quatro análises separadas, e chegaram â conclusão
de que a criatura de quatro patas era realmente um ancestral de cobras
modernas. A nova espécie foi chamada de Tetrapodophis amplectus. O nome do gênero, em
grego, significa "serpente de quatro patas." A parte da frente do fóssil, que
parece estar completa e tem todos os ossos em suas posições originais, está
enrolada, o que demonstra uma extrema flexibilidade dos membros, diz Nicholas
Longrich, paleontólogo de vertebrados da Universidade de Bath, no Reino Unido e
co-autor do estudo. Além dos membros minúsculos, o espécime tem um crânio do
tamanho de uma unha humana, 160 vértebras da coluna vertebral, e 112 vértebras
na cauda. Ela apresenta muitas características clássicas de cobra, como um
focinho curto, longo crânio, corpo alongado e mandíbula flexível de engolir
grandes presas. Ela também mantém a estrutura vértebras típica de cobras que permite
a extrema flexibilidade necessária para contrair a presa.
domingo, 26 de julho de 2015
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