Mamute (Mammuthus primigenius)
Quando um animal deixa de existir,
não há mais volta. Sua linhagem estará extinta e a única maneira de lembrarmos
da espécie é através de fotos ou em espécimes reconstituídos em museus. Porém,
os avanços nas técnicas de clonagem e na biologia molecular
podem mudar essa história e trazer de volta à vida animais que entraram
em extinção.
O Revive & Restore Project
(Projeto Reviver e Restaurar na tradução literal do inglês) está trabalhando em
métodos e procedimentos para um novo campo da ciência que está sendo chamado
de desextinção. O objetivo é trazer animais que viveram na Terra,
mas, que de alguma forma, foram extintos. O primeiro passo é a obtenção do
genoma completo da espécie através de amostras de DNA. O material
genético pode ser conseguido com exemplares conservados em museus.
As espécies candidatas à desextinção foram escolhidas pelo Revive &
Restore Project com base na resposta a três perguntas principais:
- · A espécie é desejada? (É um ícone? Desempenhou um papel ecológico importante? Trazê-la de volta ajudará a responder importantes questões para a ciência?)
- · Seria prático trazer a espécie? (Há quanto tempo se extinguiu? Existem parentes próximos vivendo hoje? Há amostras de tecido ou espécimes conservados para a extração de DNA?)
- · A reintrodução no habitat natural poderia acontecer? (O habitat original está intacto ou pode ser restaurado? As causas da extinção são conhecidas e podem ser corrigidas? As habilidades para a sobrevivência no ambiente natural não precisam ser ensinadas pelos pais? A reintrodução seria viável para a espécie e para o ambiente?).
Dodô (Raphus cucullatus)
O dodô era uma ave que existia
nas Ilhas Maurício, no Oceano Índico. Longe de predadores, o animal perdeu a
habilidade de voar durante a evolução e explorava seu habitat a pé. Quando os
primeiros navegantes chegaram às ilhas no fim do século 16, começaram a caçar
as aves indefesas, que também eram alvo de animais domésticos como gatos e
cachorros (o biguá-de-galápagos enfrenta os mesmos problemas hoje). Em 1662 o
animal entrou em extinção. Como alguns espécimes foram coletados
por exploradores europeus e estão em museus, podem fornecer tecido de para a
extração de DNA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário