quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Uma nova função do pulmão foi descoberta, e é surpreendente

Se você imaginava que já sabíamos tudo sobre o corpo humano, enganou-se. Pesquisadores descobriram que os pulmões desempenham um papel muito mais complexo nos corpos de mamíferos do que pensávamos. Novas evidências revelaram que eles não apenas promovem a respiração, mas também desempenham um papel fundamental na produção de sangue.


Em experimentos com ratos, a equipe descobriu que os pulmões produzem mais de 10 milhões de plaquetas (pequenas células sanguíneas) por hora, o que equivale à maioria das plaquetas na circulação dos animais. Isso vai contra o que se pensava até o momento, que a medula óssea produz todos os nossos componentes sanguíneos.
Mark R. Looney, um do pesquisadores por trás da descoberta, diz que: “Esta descoberta definitivamente sugere uma visão mais sofisticada dos pulmões – que eles não são apenas para a respiração, mas também um órgão chave na formação de aspectos cruciais do sangue”.
“O que observamos nos ratos indica fortemente que o pulmão pode desempenhar um papel fundamental na formação de sangue em seres humanos também.

Você deve estar se perguntando por que descobriram só agora um processo tão importante para o funcionamento do nosso corpo, a resposta é simples:

A descoberta foi possível graças a um novo tipo de tecnologia, ou seja, não se sabia desse processo pois era impossível com a tecnologia que existia até o momento.
As descobertas precisarão ser replicadas em seres humanos antes que possamos saber com certeza que o mesmo processo está ocorrendo dentro de nossos corpos. Se for comprovado, o pulmão seria o órgão mais subestimado da história da medicina.
O estudo foi publicado na revista Nature.
Esse texto foi originalmente pulicado em inglês em Science Alert.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Tecidos biológicos aplicados em robôs podem ajudar a medicina

A biotecnolgia já está chegando a um ponto onde é possível recriar em laboratório tecidos do corpo humano (e até órgãos mais complexos) para transplantes e outras funções. Tendo isso em mente, alguns cientistas já então pensando em usá-los em robôs. Calma, isso não significa que teremos por aí exterminadores como nos filmes de Arnold Schwarzenegger! Na verdade, a ideia é tornar esses órgãos mais bem adaptados aos humanos. Hoje em dia, quando se recria em laboratório tecidos que utilizam células humanas, eles devem ficar imóveis para se desenvolver e crescer adequadamente. Porém, humanoides em movimento poderiam ajudar a dar mais naturalidade a essas partes, como músculos, tendões e pele, por exemplo, de maneira que elas se acostumassem com os movimentos realizados pelas pessoas que os receberiam. É nisso que acreditam os estudiosos da Universidade de Oxford: tecidos criados artificialmente poderiam ser usados previamente por robôs, que simulariam os movimentos feitos pelos humanos, antes de serem transplantados para o paciente final. Assim, as partes já chegariam ao destino final prontas para serem usadas, devidamente adaptadas a um corpo, mesmo que não um humano. O modelo que está sendo testado para essa função chama-se Kenshiro, um robô humanoide desenvolvido pela Universidade de Tóquio. Segundo os cientistas, Kenshiro possui “estruturas, dimensões e mecânicas similares ao corpo humano”. Ele receberia os tecidos humanos desenvolvidos em laboratório e poderia adaptar seu corpo para que se aproximasse mais do formato, dimensões e até movimentos personalizados do paciente.
Isso também abre as portas para a criação dos primeiros humanoides bio-híbridos, que utilizariam tecidos orgânicos como revestimento de seus corpos e seriam capazes de regenerá-los por conta própria, usando as mesmas tecnologias que os cientistas usam para replicá-los com o objetivo de aplicá-los em seres humanos. Assustador? Pode até ser, mas ainda assim, é um ato que representa um grande passo na biotecnologia.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Cientistas descobrem lagarto que solta pele do corpo para escapar de predadores

Cientistas alemães descobriram uma espécie de lagarto que se livra completamente da pele para fugir dos predadores. O réptil, de nome científico Geckolepis megalepis, foi batizado de lagarto-escama-de-peixe. Ele vive em Madagascar e nas vizinhas ilhas Comores, na costa sudeste da África.
Muitos lagartos podem soltar a própria cauda quando atacados, mas a nova espécie tem escamas grandes que se desprendem com facilidade ainda maior. O lagarto é especialmente adaptado à descamação. Embora muitos outros lagartos possam se livrar da pele quando agarrados com firmeza, essa espécie faz isso diante do mais leve toque. Novas escamas crescem em algumas semanas sem deixar cicatrizes, enquanto outros lagartos demoram mais para regenerá-las.
Outra característica que impressionou os cientistas é o tamanho - considerado grande - das escamas do Geckolepis megalepis. A hipótese é de que escamas maiores se soltam mais facilmente porque ocupam superfície e área de atrito também maiores. "O que é realmente impressionante é que estas escamas, que são espessas e às vezes podem ser ósseas, exigem um grande gasto de energia na sua produção", disse o chefe da pesquisa Mark Scherz, da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, na Alemanha. "Também impressiona a facilidade com que se soltam e regeneram rapidamente sem deixar cicatriz." A nova espécie foi observada no Parque Nacional do Tsingy, no norte de Madagascar, em atividade durante a noite, em temporadas de chuva e seca, em árvores e cavernas.